quinta-feira, 12 de julho de 2007

QUADRO DE MEDALHAS EM PAN - TÊNIS BRASILEIRO

Quadro de medalhas

O tênis brasileiro já conquistou 31 medalhas, sendo 13 de ouro, seis de prata e 12 de bronze.

Argentina (1951)
Helena Stark/Silvia Villari (duplas)

Cidade do México (1955)
Ingrid Metzner
Maria Esther Bueno/Ingrid Metzner (duplas)

São Paulo (1963)
Ronald Barnes
Maria Esther Bueno
Carlos Fernandes/Ronald Barnes (duplas)
Maria Esther Bueno/Maureen Shwartz (duplas)
Thomaz Koch/Maria Esther Bueno (duplas)
Thomaz Koch/Iarte Adam (duplas)

Winnipeg (1967)
Thomaz Koch
Thomaz Koch/Edison Mandarinho (duplas)

Cidade do México (1975)
Patrícia Medrado
Christina Andrade/Vanda Ferraz (duplas)
João Soares/José C. Schmidt (duplas)

Indianápolis (1987)
Gisele Miro
Fernando Roese
Gisele Miró/Fernando Roese (duplas)

Havana (1991)
Equipe: Marcelo Saliola/William Kyriakos Junior/Nelson Roesch Aerts
Equipe: Andrea Chadad G. Vieira/Claudia Chabalgoti
Claudia Chabalgoti/Andrea Chadad G. Vieira (duplas)
Claudia Chabalgoti/William Kiriakos Jr. (duplas mistas)
Marcelo Saliola
Claudia Chabalgoti

Winnipeg (1999)
Paulo Taicher/André Sá
Vanessa Menga/Joana Cortez (duplas)
Paulo Taicher

Santo Domingo (2003)
Fernando Meligeni
Bruna Colósio/Joana Cortez (duplas)

Os 10 melhores brasileiros somaram apenas 88 vitórias

Enquanto o espanhol Rafael Nadal ganhou sozinho 51 partidas em 2007, todos os 10 principais brasileiros do ranking, somados, tiveram 88 triunfos numa dos mais fracas temporadas vividas pelo tênis masculino em todos os tempos. Desse total, apenas oito são de nível ATP e 10 ainda por cima vieram em futures.

Entre os treinadores da velha guarda, que têm pelo menos 20 anos de estrada, não resta dúvida de que esta é a pior geração da Era Profissional. Nem tanto por falta de empenho, já que a maioria do pessoal trabalha com determinação. Falta mesmo é talento e aproveitar as poucas oportunidades que aparecem.

Flávio Saretta é, de longe, o destaque brasileiro deste primeiro semestre, ainda que venha tropeçando seguidamente desde março. Ele soma 200 pontos nos torneios de 2007, com 13 vitórias. Entre as campanhas mais importantes, estão a semi da Costa do Sauípe e a final no challenger de Bogotá, que correspondem a 138 pontos.

Depois, vem o gaúcho Marcos Daniel, que é o líder em número de vitórias (17). Ele já somou 171 pontos e tem a seu favor o fato de ter perdido apenas duas vezes em primeira rodada entre 11 torneios jogados. Infelizmente, essas duas foram justamente Roland Garros e Sauípe, os mais importantes.

A boa surpresa fica por conta de Julinho Silva. Ele ganhou 16 partidas, todas em nível challenger, mas 14 delas fora do Brasil. Com isso, totaliza 136 pontos na temporada.

A decepção obviamente está por conta de Thiago Alves, que ainda se mantém como número 2 do país no ranking da ATP. Depois de bater Carlos Moyá no Sauípe e dar mostras de recuperação, ele desapareceu. Ganhou apenas quatro jogos em 2007 e soma 39 pontos, ou seja, apenas a nona melhor campanha, atrás de Caio Zampieri e André Ghem.

Confira as 10 melhores campanhas brasileiros na fraca temporada:
Saretta - 200 pontos e 13 vitórias
Daniel - 171 pontos e 17 vitórias
Julinho - 136 pontos e 16 vitórias
Rogerinho - 102 pontos e 12 vitórias
Mello - 74 pontos e 8 vitórias
Zampieri - 52 pontos e 13 vitórias (10 em future)
Ghem - 52 pontos e 7 vitórias
Sa - 44 pontos e 5 vitórias
Thiago - 39 pontos e 4 vitórias
Ferreiro - 32 pontos e 5 vitórias

De "férias", Nadal confirma presença em Stuttgart

Os fãs do espanhol Rafael Nadal terão a honra de vê-lo em ação pela última vez no saibro em 2007 a partir da próxima segunda-feira, no torneio de Stuttgart. Enquanto curte a pequena folga em casa após o vice-campeonato em Wimbledon, o número 2 do mundo confirmou presença no evento e vai atrás de seu sexto título no ano, o quinto no piso favorito.

Nadal segue em Mallorca descansando e admitiu ter esquecido por uns instantes de sua raquete. Depois de rever amigos, pescar e curtir a boa vida na ensolarada Palma da Mallorca, ele viaja na segunda-feira para a Alemanha e já deve ter compromisso nas duplas ao lado do amigo Bartolome Salva Vidal.

O espanhol voltou a comentar sobre sua participação na grama inglesa e admitiu estar satisfeito com o nível apresentado em 2007. "Já tinha dito e volto a garantir: estou jogando melhor que no ano passado, sou certamente um melhor tenista que antes. Sou jovem e tenho crescido bastante a cada temporada e não quero parar por aí", contou.

Depois de duas participações na grama, o tricampeão de Roland Garros volta ao piso lento, mas sabe que nem precisa se esforçar tanto para recuperar o ritmo e ressalta a importância da folga neste momento. "É um torneio grande, mas acho que a melhor preparação agora é o descanso, para recuperar a força. Depois de Stuttgart tenho mais uma semana e meia para pensar em Montreal, Cincinnati e no US Open".

É exatamente esta fase da temporada que pode pesar a seu favor na briga direta com Roger Federer pela liderança do ranking. Apesar de ainda estar bem atrás, defende bem menos pontos que o rival - que foi campeão no Canadá e do Grand Slam norte-americano - e vem embalado pelo título em Indian Wells, mesma superfície desta série.

Franceses Mahut e Santoro chegam às quartas em Newport

Os franceses tiveram uma quinta-feira excelente no torneio de Newport. Os dois principais representantes no evento garantiram vaga nas quartas-de-final. O experiente Fabrice Santoro superou a juventude do canadense Frank Dancevic por 6/7 (6/8), 6/3 e 6/4, já Nicolas Mahut bateu o compatriota Anthony Dupuis por 6/3, 6/7 (5/7) e 6/1.

Agora, Santoro, quarto cabeça-de-chave, enfrenta o russo Michael Zverev. Ele virou um jogo perdido contra o tailandês Danai Udomchoke. Depois de ser facilmente superado no primeiro set, estava uma quebra atrás no segundo, mas se recuperou e mostrou muito sangue frio no final do jogo: 2/6, 7/5 e 7/6 (7/4). Será o primeiro jogo entre eles.

Já Mahut, quinto favorito, espera o vencedor do duelo da partida entre o indiano Prakash Amritraj e o norte-americano Scoville Jenkins, convidado da organização. O francês nunca enfrentou eles e chega às quartas-de-final pela segunda vez no ano. Sempre em torneios na grama. A primeira foi em Queen´s, quando perdeu a decisão para Andy Roddick.

Na verdade, a quinta-feira está sendo boa para os franceses em todo o circuito. Em Gstaad, Gael Monfils, Paul-Henri Mathieu e Richard Gasquet também estão nas quartas-de-final. Em Bastad, Gilles Simon também está entre os oito finalistas após bater o argentino Juan Monaco.

Feijão e Hocevar eliminam favoritos em Bogotá. Ghem cai.

Os torcedores colombianos devem estar chateados com os brasileiros no challenger de Bogotá. Na quarta-feira, Thomaz Bellucci passou por Santiago Giraldo, cabeça 1. Nesta quinta, foi a vez de Ricardo Hocevar e João Souza, o Feijão, frustrarem as esperanças locais. O primeiro aplicou 7/5 e 6/2 contra o local Michael Quintero, 7º favorito, enquanto o segundo virou contra Alejandro Falla, 2º, por 4/6, 6/3 e 6/4.

Nas quartas, Hocevar enfrenta o argentino Juan Pablo Villar. O confronto é inédito. Esta é apenas a segunda vez que o paulista chega às quartas em 2007. A única foi logo na primeira semana do ano, no challenger de São Paulo. Sem bons resultados, já caiu 97 posições no ranking de entradas da ATP.

Feijão, que entrou como lucky loser na chave principal, enfrentará outro colombiano. Aguarda a definição do confronto entre Carlos Salamanca, cabeça 6, e Eduardo Struvay. E Bellucci encara o qualifier argentino Diego Veronelli.

Em compensação, o gaúcho André Ghem segue sem embalar. Nas oitavas-de-final de Montova, Itália, ele não superou o espanhol Gorka Fraile, oitavo favorito, por 7/6, 0/6 e 6/3. Nos 16 torneios que disputou na temporada, não conseguiu vencer duas partidas em 13.

Sá e Melo: o Brasil em boas mãos nas duplas


Como bons mineiros, André Sá e Marcelo Melo começaram a parceria sem fazer alarde, mas foram aos poucos “comendo pelas beiradas”. De boas campanhas em challengers, entraram de cabeça nos torneios ATP e conquistaram, na semana passada, a maior façanha de suas carreiras: as semifinais em Wimbledon. Como prêmio, a entrada com estilo no top 50 e caminho livre para disputarem os principais eventos do circuito.

Aos 23 anos e ainda no início da carreira, Melo classificou as duas semanas em Londres como “estranhas”, enquanto o experiente Sá, de 30, as colocou como “inesquecíveis”. E motivos não faltaram para isso. Desde o início do Grand Slam, os dois enfrentaram problemas e foi ainda no primeiro jogo, contra os franceses Nicolas Mahut e Julien Benneteau, na modesta quadra 18 do complexo do All England Club, que os holofotes começaram a se voltar para eles.

Depois de quatro sets disputados, os europeus abriram quebra de vantagem e sacavam em 3/2. “Senti uma dor na coxa e chamei o médico”, lembra Melo.
“Tudo normal, acontece com todos. Só que eles perderam a esportiva porque acharam que fiz aquilo de propósito para mudar o ritmo do jogo”.

Na virada seguinte, chegou a levar uma ombrada de Benneteau. Mas a violência dos franceses serviu apenas como motivação. Os mineiros venceram quatros games seguidos e garantiram vaga na segunda rodada. Onde o desafio seria ainda maior. Enfrentariam Kevin Ullyett e Paul Hanley, cabeças-de-chave 6.

O jogo começou no sábado, mas terminou apenas na quarta-feira. Culpa da insistente chuva que atrasou toda a programação do Grand Slam e tirou o sono de Sá. “Em dois dias, fui dormir com a responsabilidade de manter o saque na volta. Tinha de estar 100%, nem 98%”, diz. O jovem de 2,03m lembra da pressão que sentiram. “A gente estava sempre um game abaixo e com a responsabilidade de fazer o nosso serviço para continuar vivo. Fizemos isso 20 vezes”, lembra. “Foi o jogo mais mental das nossas carreiras”. Afirmação dita por ambos.

Os mineiros salvaram seis match-points e conseguiram a quebra decisiva. Melo foi para o saque e, antes de sacramentar a vitória, precisou salvar dois break-points no 15/40. “Era a oportunidade de ouro. Você tenta esquecer tudo. Conversamos na virada e combinamos a tática. Foquei bastante naquele momento”. Resultado: ace e vitória com parciais históricas de 5/7, 7/6 (7/4), 4/6, 7/6 (9/7) e 28/26.

Os mineiros quebraram o recorde de games em um único set em Wimbledon e viraram celebridades. Sá comentou ainda sobre a entrevista coletiva que deram e que estrelas como o norte-americano Andy Roddick, o sérvio Novak Djokovic, o cipriota Marcos Baghdatis e os irmãos Bryan vieram lhes dar os parabéns pela vitória. E que muitos jogadores, tanto da chave masculina quanto da feminina, ficaram aglomerados em frente às televisões nos vestiários para acompanhar a maratona. “É o maior reconhecimento que existe. Aqueles dos seus companheiros de trabalho. Contamos a história do jogo umas 50 vezes”, brinca.

Mais um triunfo em cinco sets nas oitavas-de-final sobre o alemão Christopher Kas e o austríaco Alexander Peya e a vaga nas quartas foi garantida. Em seguida, chegou o maior desafio: os temidos Daniel Nestor e Mark Knowles, terceiros favoritos, campeões de Roland Garros e Queen’s e invictos há 15 jogos.

E ambos usaram uma única palavra para descrever a atuação: perfeita. “Aproveitamos todas as oportunidades. Tivemos um pouco de sorte sim, mas foi o nossa melhor atuação em Wimbledon”, afirma Melo. “Jogamos bem desde o primeiro ponto e não tivemos break-point contra”, aponta Sá. “O divisor de águas foi a partida contra o Hanley e Ullyett. Deu confiança pra gente. Era uma dupla experiente e vimos que tínhamos condições de bater os melhores”.

Nas semis, outros franceses: Michael Llodra e Arnaud Clement. Os mineiros começaram bem e tiveram 3/0 no tiebreak do primeiro set. “Mas levamos azar”, garante Sá. “Era para ser nosso. Tivemos chances e eles cresceram muito depois. Ficou difícil pará-los”. Tão complicado que os rivais passaram ainda pelos irmãos Bryan, parceria número 1 do mundo, e ficaram com o título.

“Wimbledon já era um torneio muito especial para mim. Agora ainda mais”, garante Sá, que já havia chegado às quartas-de-final em simples há cinco anos, quando perdeu contra o britânico Tim Henman em quatros sets, na quadra central completamente lotada. “Posso garantir que ninguém acreditava que a gente subiria tão rápido”, diz Melo. “Falaram que poderíamos chegar ao top 50. Mas não em um ano como aconteceu”.

E curiosamente, a parceria dos mineiros de Belo Horizonte começou por acaso. Há exato um ano, no challenger de Campos do Jordão, Sá participaria da chave de duplas, mas viu seu parceiro, o equatoriano Giovanni Lapentti, desistir por causa de contusão. Melo, por sua vez, também enfrentou situação parecida e por pouco não volta para casa sem jogar. “Fui até o clube procurar parceiro e nada. Estava voltando para o hotel, quando o André mandou uma mensagem no celular perguntando se queria jogar com ele. Falei que iria”.

Imediatamente os resultados apareceram. Venceram na serra paulista e repetiram a façanha na terra natal, onde não perderam set. O bom momento seguiu em Joinvile, onde ficaram com o vice-campeonato. O gosto do quase se manteve em Gramado, mas foi embora finalmente com o título em Bogotá. No final de 2006, ainda se separaram: Sá foi para os Estados Unidos e, Melo, para a disputa da Copa Petrobras. Longe um do outro, não conseguiram boas campanhas.

Na atual temporada, uniram forças apenas no final de janeiro, após três semanas de competições, e foram duas vezes às semis, no challenger de Santiago e no ATP de Viña del Mar, onde perderam match-points. Alguns resultados ruins e a dupla deu um tempo. Após reencontro em Houston, venceram o challenger de Bermudas e, duas semanas depois, surpreenderam com o título no tradicional ATP de Estoril.

Em Praga, cada um teve sua própria dupla e foi neste instante que mudaram de planos. Até então, cada um fazia seu calendário e uniam forças apenas quando tivessem oportunidade. Depois do torneio tcheco, porém, assumiram o compromisso de atuarem juntos até o final do ano e passaram a escolher os mesmos torneios.

“Eu jogava mais simples e o Marcelo sempre priorizou as duplas. Fazia o meu calendário baseado nos torneios em que iria entrar sem disputar o quali. Agora, estamos conciliando tudo e jogaremos juntos até o final de 2007”, garante Sá. “Estávamos sempre planejando semana a semana”, lembra Melo.

Ainda inexperiente, “gigante” confessa que sente um pouco a falta de jogar em simples. “Em Queen’s, entrei no quali e tive match-point para chegar à chave principal. Então, deixou um gostinho”. Ele disputou apenas 15 partidas no ano e com seis vitórias. Por isso, pretende continuar focando sua carreira nas duplas.

E a receita para o sucesso desta parceira? “A gente se complementa em várias coisas”, analisa Melo. “Eu saco bem e o André tem um serviço menos forte, mas a gente compensa isso com o meu tamanho na rede. Não dou espaço para os adversários. E ele devolve demais e é mais rápido, principalmente na hora de atacar”, destaca. “Se conseguir desenvolver meu saque e ele melhorar a devolução e a primeira bola, seremos uma dupla muito perigosa”, garante Sá.

Quatro torneios movimentam o tênis paulista a partir deste sábado

O calendário dos torneios supervisionados pela Federação Paulista de Tênis terá continuidade neste final de semana com a realização de mais quatro abertos, que reunirão 185 tenistas no total.

Em Lins, no interior paulista, será iniciada a 3ª Grupo Equipav Tennis Cup, no Lins Country Club. Além do qualifying da Classe Especial masculina, que oferece premiação de 5 mil reais, outras 19 categorias serão realizadas.

No Clube Esperia, em São Paulo, a 34ª Copa Gulliver Brinquedos terá prosseguimento com a participação de 104 tenistas em cinco categorias. Em Mairiporã, as disputas do Torneio Aberto da Academia Roland Garros serão finalizadas e na cidade de Santos a Copa de Tênis Carlos Nascimento dos Santos “Lio” reunirá 24 tenistas.

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Coria e Puerta pedem convite para Petrobras

Uma boa notícia para a Copa Petrobras e uma má notícia para o tênis brasileiro. Os argentinos Guillermo Coria e Mariano Puerta, que em condições totalmente distintas lutam para recuperar a carreira, solicitaram convite para disputar as etapas do principal circuito sul-americano de tênis, a partir de outubro.

Coria é o número 357 no ranking desta semana. Com isso, teria de disputar o qualificatório de todas as cinco etapas da Petrobras, que ficam mais duras e equilibradas a cada edição. Sò para se ter uma idéia, a maioria delas fechou antes do número 200 do ranking em 2006. "El Mago" não disputa torneios desde setembro do ano passado e sua última vitória no circuito foi exatamente há 12 meses, em Amersfoort.

A situação de Puerta, que acaba de voltar ao circuito depois de sua segunda suspensão por doping, é ainda pior. Ele soma apenas sete pontos e está além do 1.000º lugar. Mal disputaria torneios de nível future, o que é um verdadeiro desastre para quem já foi número 9 do mundo em 2005, logo depois do vice em Roland Garros.

Embora os dois tenistas sejam de inegável qualidade técnica, ainda mais no saibro, vejo um dilema. Enquanto Coria vive uma interminável má fase por conta de problemas familiares e seguidas contusões no cotovelo e abdôme, Puerta já foi flagrado duas vezes em casos de doping. Não acho que Mariano mereça essa chance. Além do mais, Coria está com 25 anos e ainda pode sonhar com um bom futuro. Puerta completará 30 um mês antes da Petrobras.

Pelo sim, pelo não, a eventual presença de ambos no circuito é ruim para os brasileiros, com boas chances de reviver o absoluto domínio argentino do ano passado, quando Guillermo Cañas também reiniciava sua caminhada e ganhou três títulos. Puerta, aliás, jogou a Petrobras de 2004 e faturou duas etapas e um vice.

A Copa começa em Bogotá, no dia 15 de outubro, e segue depois para Campinas, Montevidéu, Assunção e Buenos Aires, oferecendo US$ 75 mil de prêmio e pontuação de US$ 100 mil por semana. Os oito principais destaques ganharão direito a disputar o Masters de Aracaju, na primeira semana de dezembro, e lutar por mais US$ 100 mil.

US Open aumenta premiação para US$ 19,6 milhões

Os tenistas podem ir preparando para aumentar suas contas bancárias. O US Open, último Grand Slam da temporada, anunciou um aumento de 6% na premiação total, totalizando US$ 19.600,000. Os campões das chaves masculina e feminina irão levar US$ 1,4 milhão cada.

É o 35º ano consecutivo que o evento oferece a mesma quantia para homens e mulheres. Além disto, todos os inscritos receberam uma ajuda de custos para as despesas com acomodação, alimentação e transporte durante os 14 dias de competição em Flushing Meadows.

O torneio será o último da US Open Series, seqüência de torneios que começa na próxima semana em Los Angeles, e ocorrerá tanto no circuito masculino, quanto no feminino. Cada campeão levará um milhão de dólares, o segundo ficará com metade disso e o terceiro colocado com US$ 250.000 Assim, o total distribuído pode alcançar US$ 22,2 milhões.

A USTA, instituição que rege o tênis no país anfitrião, também anunciou que está investindo US$ 7,5 milhões para a construção de novos vestiários, além de melhorar o sala dos jogadores e uma academia que receberá o que existe de mais moderno no mercado.

"Os tenistas de hoje são os atletas mais talentosos, competitivos e trabalhadores no esporte mundial", disse Arlen Kantarian, executivo da USTA. "O aumento da premiação e as melhoras na infra-estrutura refletem a empolgação e entretenimento que eles trazem para o US Open".

Bellucci surpreende e elimina número 118 do mundo

Nada favorecia o paulista Thomaz Bellucci, 443º colocado no ranking da ATP, nas oitavas-de-final do challenger de Bogotá. Enfrentava o colombiano Santiago Giraldo, 118º, jogava contra a torcida e perdeu o único duelo que haviam realizado. Mas conseguiu colocar tudo isso de lado e superou o cabeça-de-chave 1 do torneio por 7/6 (8/6) e 6/3. Agora, enfrentará o qualifier argentino Diego Veronelli por um lugar na semi. Será o primeiro confronto entre eles.

O brasileiro teve desempenho muito bom no segundo semestre do ano passado, entretanto, passou por uma cirurgia no joelho e ainda luta para reconquistar a melhor forma. Em 2007, venceu o primeiro future de sua carreira, em Sorocaba, e chegou à semi em outro, desta vez na Argentina.

Já Veronelli também passou por problemas físicos. Seu último compromisso em 2006 foi em setembro e só voltou a jogar em março desta temporada. Disputou apenas três torneios e chegou às quartas-de-final em um pequeno torneio na Espanha. Mesmo assim, é um adversário perigoso, que bate forte na bola, e chegou ao 165º posto da ATP em 2004.

Nesta quinta-feira, outros dois brasileiros entram em quadra. João Souza, o Feijão, tentará repetir o feito de Bellucci quando enfrentar o colombiano Alejandro Falla, segundo cabeça-de-chave. Já o paulista Ricardo Hocevar encara outro local, Michael Quintero, sétimo favorito.

Federer: Será que está chegando a aposentadoria ???


Em nove anos como profissional, Roger Federer alcançou quase tudo que um jogador de ponta poderia desejar: número 1 do mundo há 280 semanas consecutivas, cinco títulos seguidos em Wimbledon, 49 títulos de simples no currículo, 11 deles de Grand Slam. Só falta mesmo o troféu de Roland Garros para o suíço. Apesar da rotina diária para se manter em forma e do calendário apertado, Federer afirma em seu site, respondendo aos fãs, que ainda sente prazer em jogar, se diz uma pessoa alegre, satisfeito consigo mesmo e que ainda não pensou "seriamente" sobre a aposentadoria, mas que "certamente espera que a linha de cosméticos ainda esteja ativa até lá", dando-lhe a oportunidade de continuar como homem de negócios.

"Notei que comecei a pensar sobre meu futuro mais seriamente nestes dias", conta a seus fãs. "Minha fundação, com certeza, é uma das prioridades no futuro, especialmente durante a segunda metade de minha carreira. Antes, estava concentrado no que precisava para ser um jogador melhor. Agora, penso mais e mais sobre o que quero e posso fazer depois de meus dias como atleta. Pensamentos como família e casamento também passam por minha cabeça mais e mais frequentemente", admite. Como se sabe, Federer tem um relacionamento estável com Miroslava Vavrinec, ex-tenista e sua empresária. Onde ele planeja se estabelecer? "Provavelmente ficarei na Suíça e passarei ferias em algum lugar no mundo."

O número 1 do mundo diz que adora o tênis. "Sempre me senti assim a respeito porque é um esporte de classe e muito competitivo. Não há contato corporal, mas mesmo assim é muito físico. É um esporte global jogado em quase todos os lugares. Todos estes fatores o tornam muito especial a meus olhos. É por isso que amo o tênis e sempre amarei."


O tenista da Basiléia explica por quê gosta de treinar em Dubai, nos Emirados Árabes. "Gosto muito do bom clima de Dubai. Está sempre ensolarado, tornando-o local ideal para ferias assim como para treinos. Gosto de fazer compras e de comer nos excelentes restaurantes e hotéis. Dubai é um verdadeiro caldeirão de nacionalidades, é interessante as pessoas que se pode encontrar por lá."

O suíço se descreve como uma pessoa "aberta, honesta, positiva, ambiciosa e amigável". Ele fala fluentemente inglês, francês e alemão, mas em casa com a família diz que conversa em alemão. A um internauta que pergunta se seu nome é pronunciado na forma inglesa ou francesa, responde: "Como minha mãe é da África do Sul, meu nome sempre foi pronunciado da maneira inglesa." Federer revela a outro fã que gosta, sim, de esquiar. "Esquio desde que era um garoto. Meu lugar preferido para isso são as montanhas suíças."

Se Federer não fosse tenista, que tipo de carreira teria optado? "Meu sonho sempre foi ser um atleta. Eu gostava de estudar línguas, mas nunca tive o desejo ou a visão de ser um piloto, por exemplo. Na escola, minhas matérias preferidas eram as ligadas ao idioma." O número 1 do mundo gosta de música, mas nada de específico. "Diria que rock em geral, Lenny Kravitz, Gwen Stefani, Tina Turner e Madonna." Se fosse possível, que grande tenista do passado gostaria de enfrentar e em que quadra? Bjorn Borg no saibro, Boris Becker na grama, Rod Laver na grama."

"Qualquer um dos três pode ganhar medalha", diz Costa

Faltando pouco mais de um mês para o início da disputa de tênis nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, o Brasil já conhece seus principais adversários na competição. Com Flávio Saretta (133º), Thiago Alves (135º) e Marcos Daniel (186º), o país tem três dos quatro melhores tenistas que irão disputar as medalhas de simples e duplas. Para o capitão Chico Costa, isso significa favoritismo para as cores verde e amarela.

"Apesar de os atletas estarem defendendo seus países, o Pan é um torneio como qualquer outro. Os favoritos são sempre os melhores ranqueados, salvo excessões. Nossas chances são boas. Tanto nas simples quanto nas duplas. Qualquer um dos três convocados pode vencer o torneio e todos vão deixar 100% na quadra", garantiu Costa.

Ao contrário do Brasil, quase todos os países participantes deixaram seus melhores tenistas fora da competição. Costa, porém, acredita que isso não significa que os brasileiros terão vida fácil. "No caso, temos o chileno Adrian Garcia (126º) como cabeça-de-chave 1 e depois temos nossos tenistas, Saretta, Alves e Daniel como 2, 3 e 4. Outros candidatos fortes são os argentinos Eduardo Schwank e Horacio Zeballos, duas das principais promessas deles, e que já vêm conseguindo bons resultados em challengers. Com certeza teremos a partir das quartas-de-final partidas muito disputadas e equilibradas", avaliou.

A fase dos brasileiros, entretanto, não é nada boa. Depois de seu vice-campeonato em Bogotá, Saretta disputou oito challengers e só conseguiu quatro vitórias. No qualifying de Roland Garros, perdeu na estréia. Thiago está em uma seqüência amarga: sete derrotas seguidas, sem vencer desde março. Daniel, o mais regular dos três, furou o quali de Roland Garros em maio, mas não conseguiu nenhum resultado expressivo desde então.

Para o capitão do Brasil, essa má fase é relativa. "O Saretta vinha muito bem até abril, aí ficou doente e perdeu não só a condição física como o ritmo de vitórias, que no tênis é muito importante. Voltou só em junho e jogando torneios muito duros, e ainda não deslanchou. O Daniel vem tendo um bom ano, apesar de também ter ficado dois meses parado pelo nascimento do filho. Mas ele vem conseguindo manter uma boa regularidade, vencendo adversários duros. assim como o Saretta, pode deslanchar a qualquer momento", afirmou.

"Já o Thiago é um caso à parte. Depois de um 2006 muito bom, chegando ao top 100, não se preparou da maneira adequada para disputar os grandes torneios. No tênis, não se preparar significa perder. Com as sucessivas derrotas, perdeu um pouco a confiança e a motivação", contou Costa.

Thiago perdeu nesta semana a condição de número 1 do Brasil para Saretta. Segundo Costa, o paulista terá todo o apoio para recuperar o tempo perdido. "Ele é um lutador nato, que quer dar a volta por cima. O Pan pode significar o início de uma nova fase na carreira dele", concluiu. A disputa do tênis masculino no Pan acontece entre os dias 23 e 28 de julho.

Costa diz que não deve alterar a equipe contra a Áustria


O capitão da equipe do Brasil na Copa Davis, Francisco Costa, afirmou que a escalação para o duelo fora de casa com a Áustria - que acontece a partir do dia 17 de setembro - não deve vir com nenhuma surpresa. A curta distância para o confronto e a falta de experiência neste tipo de competição são os principais motivos que o gaúcho aponta para não mexer no time, que contou com Gustavo Kuerten, Flávio Saretta, Ricardo Mello e André Sá contra o Canadá.

"Estamos acompanhando atentamente a nossa nova geração de tenistas, através da equipe permanente. Em pouco tempo, alguns deles estarão entre os melhores do Brasil, mas ainda precisam amadurecer, se tornarem mais competitivos, e faltam pouco mais de dois meses para o confronto...", disse Costa.

A polêmica decisão de convocar oito tenistas para o confronto contra o Canadá, em abril, deve ser amenizada, mas não erradicada. "Nossa idéia é convocar seis jogadores e levar um ou dois jovens pra treinar, mas nada está definido ainda", contou.

Com a possível ausência de Guga, a outra mudança com mais chance de aparecer na equipe seria a convocação de Marcelo Melo para fazer dupla com André Sá. Os mineiros estão em belíssima fase, com o título do ATP de Estoril e a semifinal de Wimbledon no currículo desta temporada.

"Na minha opinião, a dupla Melo/Sá ainda está em franca ascensão. Eles ganharam alguns challengers no ano passado, mas só oficializaram a parceria depois que ganharam Estoril, em maio desse ano. Esse resultado fantástico em Wimbledon só vai motivá-los ainda mais. A partir de agora, eles serão mais cobrados, isso é natural, mas têm tênis para estarem entre as melhores duplas do mundo em um futuro próximo. Chegar à Copa Davis é uma conseqüência natural desse processo", explicou.

O número 1 da Áustria, Jurgen Melzer, operou o pulso e não deve jogar contra o Brasil. Costa, entretanto, garantiu que isso não altera seus planos. "Se o Melzer não jogar, vai ser um desfalque importante para a equipe austríaca, mas que não irá influenciar em nada na nossa escalação. Os prováveis subsitutos ainda são melhores ranqueados que os brasileiros. Mas vamos levar o que tivermos de melhor e jogará quem estiver mais preparado", concluiu.