quinta-feira, 12 de julho de 2007

"Qualquer um dos três pode ganhar medalha", diz Costa

Faltando pouco mais de um mês para o início da disputa de tênis nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, o Brasil já conhece seus principais adversários na competição. Com Flávio Saretta (133º), Thiago Alves (135º) e Marcos Daniel (186º), o país tem três dos quatro melhores tenistas que irão disputar as medalhas de simples e duplas. Para o capitão Chico Costa, isso significa favoritismo para as cores verde e amarela.

"Apesar de os atletas estarem defendendo seus países, o Pan é um torneio como qualquer outro. Os favoritos são sempre os melhores ranqueados, salvo excessões. Nossas chances são boas. Tanto nas simples quanto nas duplas. Qualquer um dos três convocados pode vencer o torneio e todos vão deixar 100% na quadra", garantiu Costa.

Ao contrário do Brasil, quase todos os países participantes deixaram seus melhores tenistas fora da competição. Costa, porém, acredita que isso não significa que os brasileiros terão vida fácil. "No caso, temos o chileno Adrian Garcia (126º) como cabeça-de-chave 1 e depois temos nossos tenistas, Saretta, Alves e Daniel como 2, 3 e 4. Outros candidatos fortes são os argentinos Eduardo Schwank e Horacio Zeballos, duas das principais promessas deles, e que já vêm conseguindo bons resultados em challengers. Com certeza teremos a partir das quartas-de-final partidas muito disputadas e equilibradas", avaliou.

A fase dos brasileiros, entretanto, não é nada boa. Depois de seu vice-campeonato em Bogotá, Saretta disputou oito challengers e só conseguiu quatro vitórias. No qualifying de Roland Garros, perdeu na estréia. Thiago está em uma seqüência amarga: sete derrotas seguidas, sem vencer desde março. Daniel, o mais regular dos três, furou o quali de Roland Garros em maio, mas não conseguiu nenhum resultado expressivo desde então.

Para o capitão do Brasil, essa má fase é relativa. "O Saretta vinha muito bem até abril, aí ficou doente e perdeu não só a condição física como o ritmo de vitórias, que no tênis é muito importante. Voltou só em junho e jogando torneios muito duros, e ainda não deslanchou. O Daniel vem tendo um bom ano, apesar de também ter ficado dois meses parado pelo nascimento do filho. Mas ele vem conseguindo manter uma boa regularidade, vencendo adversários duros. assim como o Saretta, pode deslanchar a qualquer momento", afirmou.

"Já o Thiago é um caso à parte. Depois de um 2006 muito bom, chegando ao top 100, não se preparou da maneira adequada para disputar os grandes torneios. No tênis, não se preparar significa perder. Com as sucessivas derrotas, perdeu um pouco a confiança e a motivação", contou Costa.

Thiago perdeu nesta semana a condição de número 1 do Brasil para Saretta. Segundo Costa, o paulista terá todo o apoio para recuperar o tempo perdido. "Ele é um lutador nato, que quer dar a volta por cima. O Pan pode significar o início de uma nova fase na carreira dele", concluiu. A disputa do tênis masculino no Pan acontece entre os dias 23 e 28 de julho.

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