domingo, 15 de julho de 2007

BELLUCCI SOFRE VIRADA

Ainda não foi desta vez que o tênis brasileiro conseguiu comemorar um título de nível challenger nesta temporada. O garoto paulista Thomaz Bellucci chegou a vencer o primeiro set em cima do local Carlos Salamanca, por 6/4, mas permitiu a virada por 6/3 e 6/2 e ficou com o vice-campeonato no torneio de Bogotá, com premiação de US$ 50 mil.

Aos 19 anos, o canhoto Bellucci, paulista de Guarulhos, fez sua melhor campanha como profissional, que incluiu a vitória na segunda rodada sobre o cabeça 1 e top 120 do ranking, Santiago Giraldo. Com os 42 pontos somados, deve figurar entre os 330 na lista desta segunda-feira.

O tênis brasileiro soma assim quatro derrotas em final da categoria challenger em 2007. Além de Bellucci, Flávio Saretta, Marcos Daniel e Júlio Silva também ficaram com vices. Saretta, curiosamente, também foi finalista num challenger na altitude de Bogotá, no início do ano.

Bellucci começou a temporada na posição de número 582 do ranking, mas devido a uma contusão só começou a disputar eventos futures em março. Foi para a Itália e Suíça e tentou a sorte em oito torneios, sem grandes resultados. Ao voltar ao Brasil, conquistou o future de Sorocaba e deu sua primeira arrancada. Fez ainda uma semifinal em future disputado na Argentina.

Nadal começa campanha de Stuttgart contra convidado local

Em sua última apresentação no saibro em 2007, o espanhol Rafael Nadal começa a disputa do forte torneio de Stuttgart contra o alemão Alexander Waske, de 32 anos e 128º colocado do ranking de entradas. O "rei do saibro" é disparado o maior favorito ao título e corre atrás de sua sexta taça do ano, a quinta no piso favorito.

Campeão do torneio em 2005, Nadal não jogou no ano passado e agora tem chance de somar pontos importantes na caça ao suíço Roger Federer. Se confirmar as expectativas, somará mais 230 pontos na lista (250 menos os 20 do 18º melhor resultado, a segunda rodada de Estocolmo de 2006), encurtando a distância para o número 1 do mundo em 1.835 pontos.

O tenista de 21 anos vive a melhor fase da carreira e vem da épica final de Wimbledon, em que caiu diante do pentacampeão Federer perdendo break-points no quinto set. Além da soberba atuação na grama inglesa, deu outras provas de sua maturidade ao ser campeão em Indian Wells e confirmar a soberania no saibro, chegando aos tricampeonatos de Roland Garros, Roma, Monte Carlo e Barcelona.

Ainda chegou a somar 81 vitórias seguidas no piso e perdeu a série apenas na final de Hamburgo, justamente para Federer, quando tinha chance de fechar o Grand Slam no saibro. Ao todo, tem 25 vitórias em 26 triunfos nesta superfície e apenas cinco sets perdidos, três deles para o suíço.

Contra Waske, terá pela frente tenista experiente, mas que nunca deslanchou na carreira. Dono de saque forte e preferência declarada pela grama, tem curiosamente a vantagem no confronto direto, tendo vencido o único duelo entre eles na primeira rodada do torneio de Halle, em 2005.

Robredo, convidado de última hora - A chave de Stuttgart ganhou reforço com o convite aceito pelo também espanhol Tommy Robredo. O oitavo do mundo entra como cabeça 2 e encara na estréia o francês Gael Monfils, que segue sua sina de encarar adversários perigosos na primeira rodada (foi assim com Nikolay Davydenko, em Gstaad, e com Ivan Ljubicic, em 's-Hertogenbosch).

Já o tcheco Tomas Berdych é o terceiro favorito e estréia contra o equatoriano Nicolas Lapentti. O espanhol David Ferrer e o argentino Guillermo Cañas são os cabeças 4 e 5 e encaram, respectivamente, um qualifier e o suíço Stanislas Wawrinka. Ainda estão na chave o espanhol Juan Carlos Ferrero, o argentino Juan Ignacio Chela e o argentino Juan Monaco. O torneio de Stuttgart tem premiação de 642 mil euros.

Davydenko e Youzhny tentam se recuperar em Amersfoort

Eliminados na primeira rodada de Gstaad, os russos Nikolay Davydenko e Mikhail Youzhny voltam encabeçar a lista de favoritos em um torneio no saibro. Os dois tentam melhor sorte a partir da próxima segunda-feira em Amersfoort, na Holanda, torneio com premiação de 353 mil euros.

Cabeça-de-chave número 1, Davydenko encara na primeira rodada o francês Florent Serra para recuperar o embalo. No piso lento, vinha das semifinais em Roma e Roland Garros antes de cair diante de Gael Monfils na Suíça. Já Youzhny, número 2 do torneio, tem pela frente o perigoso Martin Vassallo Arguello. Nesta semana, parou logo na estréia diante de Stefan Koubek.

O torneio de Amersfoort tem como outros favoritos o espanhol Carlos Moyá, o italiano Filippo Volandri e o argentino Agustin Calleri. Moyá, que vai atrás de seu 20º título da carreira, pega um qualifier. Volandri, semifinalista em Bastad, começa contra Oscar Hernandez, enquanto Calleri pega Nicolas Devilder.

Venus sofre, mas garante empate na Fed Cup

Foi duro, mas os Estados Unidos saíram com um empate no primeiro dia das semifinais da Fed Cup. Depois da esmagadora vitória de Anne Chakvetadze sobre a reserva Vania King, por 6/1 e 6/3, Venus Williams precisou lutar muito para superar Nadia Petrova, por 7/6 (8/6), 0/6 e 6/4.

Em sua primeira exibição desde o título de Wimbledon, Venus tinha a responsabilidade aumentada pela ausência da irmã Serena, que está contundida no pulso. King, de meros 18 anos, não ofereceu resistência no jogo de abertura para Chakvetadze, mesmo com o piso sintético escolhido.

Venus começou mal e chegou a estar com 0/3 no primeiro set, mas reagiu e venceu num apertado tiebreak. Mas perdeu o ritmo e Petrova somou pontos com sucessivos erros da adversária. Venus ainda ficou atrás do terceiro set, quando a russa teve 4/3 e saque, porém mostrou a raça habitual para ganhar três games consecutivos.

Venus nunca perdeu uma partida de Fed Cup diante da Rússia, completando neste sábado a quarta vitória. Os Estados Unidos não disputam uma final do torneio por equipes desde 2003 e não ganham o título há sete temporadas.

A Rússia também sofreu baixas. Alegando contusão, Maria Sharapova e Svetlana Kuznetsova não aceitaram a convocação. Mesmo assim, luta para manter a hegemonia na competição, já que conquistou duas das três últimas edições.

A rodada deste domingo será aberta com dois jogos de simples e a troca de cruzamentos: King pega Petrova e em seguida Venus joga contra Chakvetadze. Em caso de empate, uma partida de duplas define o confronto. Estão previamente escaladas King e Lisa Raymond diante de Petrova e Elena Vesnina.

Alves encara má fase e Spadea na estréia em Los Angeles

O paulista Thiago Alves terá mais uma chance a partir da próxima segunda-feira de encerrar a péssima fase que se encontra em 2007. O número 2 do Brasil e 135º colocado do ranking de entradas da ATP joga o torneio de Los Angeles, nos EUA, e encara na estréia o experiente norte-americano Vincent Spadea, de 32 anos e 66º da mesma lista.

Alves não vence desde o challenger de Bogotá, em março, quando passou por Alun Jones na primeira rodada. Em seguida, caiu diante de Santiago Giraldo e acumulou sete tropeços em estréias, sendo duas em ATP (Casablanca e Newport), quatro em challengers (Florianópolis, Carson, Yuba City e Winnetka) e outra no qualifying de Wimbledon. Sua última vitória em ATP - a única em 2007 - aconteceu na primeira rodada do Brasil Open, diante de Carlos Moyá.

Apesar do momento ruim, não perdeu tantas posições no ranking por não defender pontos nesta fase da temporada. Por outro lado, é a partir de agora que o problema começa. Em 2006, deslanchou rumo ao top 100 justamente em julho, quando avançou às segundas rodadas em Newport e Indianápolis e conquistou o challenger de Belo Horizonte. Justamente por isso, precisa mais do que nunca de vitórias para evitar as quedas.

Ele e Spadea farão confronto inédito no circuito, mas o norte-americano entra como grande favorito por ter muito mais experiência e por vir das quartas-de-final de Newport. Ele ainda tem um título na carreira e o 18º lugar do ranking, obtido em 2005, como o melhor de sua carreira. Thiago joga Los Angeles e depois vai direto ao Rio de Janeiro defender o Brasil nos Jogos Pan-americanos.

Chave forte em L.A. - A forte competição no oeste americano é disputada em quadras com piso sintética, distribui premiação total de US$ 525 mil e atrai as presenças de dois top 10. O cabeça 1 é o chileno Fernando González, sexto do ranking, que encara o convidado local Zack Fleishman. Já o nono do mundo, James Blake, faz sua estréia contra o austríaco Alexander Peya.

O evento ainda conta com duas estrelas que buscam recuperação na temporada: o russo Marat Safin e o argentino David Nalbandian, respectivamente cabeças 3 e 4. O russo, que acaba de contratar o argentino Hernan Gumy, ex-de Guga, como técnico, joga contra o perigoso australiano Chris Guccione. Já Nalbandian, agora o 24º do mundo, começa contra o russo Igor Kunitsyn.

Ferrer atropela carrasco de Federer e faz final espanhola

O espanhol David Ferrer vai mais embalado do que nunca atrás de seu quarto título da carreira. Neste sábado, o cabeça-de-chave número 2 e 15º do mundo deu mais um show no saibro de Bastad, na Suécia, e garantiu vaga na decisão ao atropelar o italiano Filippo Volandri com parciais de 6/2 e 6/1, em pouco mais de uma hora de partida.

Ferrer já havia conseguido outro placar arrasador nas quartas, quando bateu o francês Gilles Simon por 6/1 e 6/0. Com estes dois placares, entra mais do que nunca como favorito na final deste domingo, em que enfrenta o compatriota Nicolas Almagro. Na outra semi, ele também se apresentou bem e parou o experiente Carlos Moyá com parciais de 6/3, 1/6 e 6/2.

Os dois já estiveram frente a frente em duas ocasiões, sempre no piso sintético, e foi Ferrer quem saiu como vencedor em jogos duros. No primeiro, na segunda rodada de Cincinnati do ano passado, as parciais foram de 4/6, 7/6 e 6/0. Duas semanas depois, na primeira fase do US Open, dois duros tiebreak e um 6/1 para fechar.

Ferrer volta a conseguir bom resultado após duas decepções em Roland Garros e Wimbledon, mas segue como um dos mais regulares no piso lento em 2007. Entre seus bons resultados estão a semifinal em Barcelona e as quartas em Monte Carlo e Hamburgo, com derrotas para Roger Federer e Rafael Nadal. Ainda na temporada, foi campeão em Auckland e quadrifinalista em Indian Wells, no piso sintético.

Almagro é outro que corre atrás de sua segunda taça no ano, já que se deu bem em Valência. Por outro lado, também teve campanhas abaixo do esperado nos dois Grand Slam e caiu para o 37º posto. Agora, deve garantir outra subida para voltar a se aproximar do top 30.

Bellucci vai à final e tenta primeiro título brasileiro em 2007

E surgiu mais um nome de destaque no tênis masculino brasileiro da nova geração. O canhoto Thomaz Bellucci, paulista de 19 anos, conseguiu mais uma espetacular vitória no saibro e na altitude de Bogotá e vai decidir o challenger local, com premiação de US$ 50 mil. Pode se tornar assim o único brasileiro a ganhar um torneio desse envergadura na temporada.

Depois de eliminar o favorito Santiago Giraldo na segunda rodada, Bellucci arrasou neste sábado o argentino Juan Pablo Villar, por 6/1 e 6/2. Seu adversário na final será o também local Carlos Salamanca, número 311 do ranking, que virou a partida contra o argentino Gustavo Marcaccio, por duros 6/7, 6/2 e 6/4.

O paulista, que treina em Guarulhos, já havia chegado pela primeira vez na semifinal de um evento do nível challenger e agora busca o primeiro título da temporada para o tênis brasileiro em nível challenger. Antes deles, apenas Flávio Saretta, Marcos Daniel e Júlio Silva disputaram finais em 2007. Todos perderam.

O brasileiro começou a temporada na posição de número 582 do ranking, mas devido a uma contusão só começou a disputar eventos futures em março. Foi para a Itália e Suíça e tentou a sorte em oito torneios, sem grandes resultados. Ao voltar ao Brasil, conquistou o future de Sorocaba e deu sua primeira arrancada. Fez ainda uma semifinal na Argentina e só então se aventurou no challenger colombiano.

Com os 42 pontos que tem direito, já deve figurar entre os 330 na lista da próxima segunda-feira. Caso conquiste o título, provavelmente entrará para o grupo dos 300 primeiros e se tornar assim um dos dez tenistas nacionais mais bem classificados.

Bellucci e Salamanca se enfrentaram apenas uma vez no circuito, com vitória do colombiano num evento future disputado em seu país, porém há quase dois anos.