O espanhol Rafael Nadal nunca somou tantos pontos no ranking de entradas da ATP. Pela segunda vez na carreira, ele superou nesta segunda-feira a marca de 5.000 pontos e atingiu seu recorde pessoal, com 5.455, ao ganhar o importante torneio de Stuttgart, sua última aventura no saibro antes do desafio do piso sintético norte-americano.
De quebra, esta também é a menor distância para o suíço Roger Federer desde 7 de novembro de 2005, quando a diferença ficou próxima a 1.500 pontos devido ao único fato de a ATP descontar previamente o valor da Masters Cup da temporada anterior. Ou seja, historicamente os dois nunca estiveram tão próximos, ainda que os atuais 1.835 pontos sejam superiores a três títulos de Masters Series ou quase a duas conquistas de Grand Slam.
De qualquer forma, é possível admitir matematicamente que Nadal pode sonhar com a disputa efetiva pelo número 1 em janeiro de 2008, durante o Aberto da Austrália. E isso depende muito mais dele do que de eventual mau desempenho de Federer. Vejamos os números.
Federer defenderá 1.000 pontos do US Open, 500 do Canadá, 500 de Madri e 750 da Masters Cup, quatro torneios conquistados em 2006. Se repetir esse notável desempenho - e é favorito para isso - manterá os 7.290 pontos. Ainda tem a defender os 500 pontos pelos ATP de Basiléia e Tóquio, mas não deve novamente ter dificuldade para tanto. Aliás, ele sequer tem as cinco pontuações permitidas em eventos de nível ATP, já que decidiu fazer um calendário menor e mais concentrado nos grandes eventos.
Nadal, por seu lado, teve um desempenho de certa forma decepcionante no segundo semestre de 2006, parando nas quartas do US Open, Cincinnati e Madri. Sò foi bem mesmo na Masters Cup, com a semifinal. A julgar pela excelente performance demonstrada na grama de Wimbledon, ele pode muito bem evoluir na quadra rápida norte-americana, onde possui apenas um punhado de adversários a assustá-lo, como Novak Djokovic, Andy Roddick e James Blake. Então, na hipótese de Nadal chegar à final do US Open, de pelo menos dois Masters Series dos quatro que restam e também da Masters Cup, acrescentará algo como 1.375 pontos até o final do ano.
A distância então entre os líderes pode ser inferior a 500 pontos quando o Aberto da Austrália chegar. Exagero? A matemática diz que não. O problema estará na capacidade de Nadal manter o incrível ritmo dos seis primeiros meses deste ano. Afinal, o número 1 é destinado àqueles que se mostram mais regulares, versáteis e eficientes. E nisso Federer tem sido muito superior até agora.
terça-feira, 24 de julho de 2007
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