segunda-feira, 30 de julho de 2007

"Superei a pressão e aprendi a lutar até o fim", conta Saretta


Superação, garra, pressão. Flávio Saretta não cansou de contar como foi sofrida a conquista da medalha de ouro pan-americana no Rio de Janeiro. Ele salvou quatro match-points, dois na semi e dois na final, antes de enfim conquistar o título.

"Vi a medalha escapando duas vezes", revela ele. "Virar jogos em semifinal e final dificilmente acontece com um tenista. Acho que superei a pressão de ganhar no Brasil e de ser o favorito do Pan. Só meus treinadores e minha equipe sabem a pressão e cobrança que tinha em mim". Segundo ele, a maior lição que ficou foi a de lutar sempre até o fim: "Levo a lição de que até a bolinha quicar duas vezes ainda está valendo e posso vencer".

Obviamente, Saretta lembrou da importância do amigo e guru Fernando Meligeni, que ganhou o último Pan de forma também dramática em cima do chileno Marcelo Ríos. "Até hoje, quando vejo aquela partida, acho que o Fino vai perder. Foi uma aula de superação, de acreditar até o último momento. Confesso que não esperava a vitória até o final, por isso saio daqui extremamente feliz e satisfeito", conta Saretta, que acredita que a campanha lhe dará uma "cabeça muito forte" daqui para frente.

Ele também não esqueceu de agradecer a torcida, que foi pequena neste domingo devido á mudança de local. "A galera foi incrível. Tinha horas em que eu estava precisando de apoio, olhava para a arquibancada e via aquele pessoal pulando. Não tinha muita gente, mas cada barulho era ampliado pelo eco da quadra. Não vou esquecer esta medalha".

Sobre os match-points que salvou, ele brinca: "Eu penso depois não antes. Dá muito mais gosto vencer assim", completou.

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